segunda-feira, fevereiro 26, 2007

MC ROGER - UM CASO POR DIAGNOSTICAR

O músico moçambicano MC ROGER, concedeu uma entrevista ao semanário "Domingo", edição de 25 Fevereiro de 2007. Nesta entrevista, Mc aborda aspectos bastante interessantes acerca da sua vida como artista. Todavia pecou gravemente num assunto. O MC afirma categoricamente que todo aquele empresário ou empresa que não se alia a si para efeitos de publicidade, é porque não tem visão de marketing. Na verdade, este pronunciamento é bastante grave, sobretudo quando vem dum músico com um nº aceitável de admiradores na nossa praça. Quero acreditar que ele se tenha pronunciado nos termos aqui citados apenas por distração ou mesmo para distrair. Quero acreditar que não é o que ele realmente pretendia dizer. Mas se estiver errado na minha leitura, então o Mc Roger precisa de aprender a falar, sobretudo quando se trata de falar para um jornal do nível do "Domingo". Por outro lado, Ele precisa de ver entrevistas concedidas por artistas de renome internacional, tais são os casos de George Benson, Lionel Richie, Elton Jhon, Tina Turner,etc. Terá a oportunidade de ver como é que estes se dirigem aos seus fans.
Na verdade, creio que a MOZAL, por exemplo, não precisa de MC ROGER para o seu sector de marketing. Ora pretenderá MC dizer que se a MOZAL não se alia à sua imagem significa que aquela gigante empresa não tem visão de marketing?? Pretenderá dizer que as únicas empresas com visão de marketing são a Mcel, LAM e ONE CEL, em virtude de estas empresas terem solicitado a sua imagem para efeitos publicitários??Não haveá aqui alguns pontinhos de arrogância por parte do MC? Espero que ele se arrependa pelo que disse e peça desculpas ( i ) aos fans ( ii ) aos leitores do "domingo" e ( iii ) às empresas que ele atinge com o seu pronunciamento.

RESPEITO, SIM! ARROGÂNCIA, NÃO!


Até breve!

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A Ministra da Justiça e a lei orgânica do Ministério Público

A Ministra da Justiça, Esperança Machavele, falou hoje sobre a proposta de lei orgânica do Ministério Público, perante a Comissão dos Assuntos Jurídicos da Assembleia da República. Instada a comentar sobre a aludida proposta pela STV, no início da tarde de hoje, a Exma Ministra disse que se pretende com a proposta, entre outras coisas, que o Ministério Público tenha uma actuação independente, imparcial e observe estritamente o princípio da legalidade.
Ainda não tive acesso ao documento apresentado pela Ministra. Porém, não haja dúvida que a imparcialidade e a independência que se pretendem, passam necessariamente pela alteração da actual subordinação da PIC ( Polícia de Investigação Criminal) ao Ministério do Interior. Uma discussão que já tem barba branca cá entre nós! Como é que um órgão que auxilia o Ministério Público no que diz respeito à matérias de índole criminal se encontra subordinado ao Ministério do Interior. Como é que é possível, com o actual cenário, garantir que o Ministério Público funcione debaixo do princípio da legalidade e objectividade? Quando o executivo se apercebe duma investigação que é levada a cabo com imparcialidade e independência e que pode, a referida investigação, prejudicar alguns interesses obscuros, o que é que acontece?? Todos nós sabemos, pois não? Porque não subordinar a PIC ao Ministério Público? Qual é o medo afinal? Satisfaçamos o interesse público sem receio! Imaginem a ocorrência de um facto criminal no qual esteja envolvido um membro do governo, por exemplo. Não creio que a PIC seja capaz, no actual cenário, de avançar séria e decisivamente com as investigações, pois o executivo "mete a mão" na PIC, é ou não é? Como é que um agente da PIC pode desencadear uma investigação criminal séria? Não é possível. Creia-se!! Atenção para o facto de não colocar de lado as outras causas da inoperância do Ministério Público.
Por outro lado, ainda que os quadros anualmente formados pelas diferentes faculdades de direito tenham vontade e dinamismo para conferir brilho ao Ministério público, tal não é possível, justamente pelas razões acima apresentadas. Portanto, quero crer que a proposta de lei orgânica do Ministério Público trate seriamente deste assunto. Urge a reabilitação do nosso edifício jurídico, para que se alcance a almejada,

JUSTIÇA!

Por um Ministério Público mais actuante e imparcial!!