Segundo o "Notícias" de ontem 12 detidos pereceram na noite de última segunda-feira na cela do Comando Distrital da PRM ( Polícia da República de Moçambique) em Mongincual, Província de Nampula, vítimas de asfixia. Encontravam-se encarcerados 48 detidos num pequeno compartimento de dimensões muito reduzidas com um pequeno orifício a servir de ventilador. Uma clara violação dos direitos humanos. Um recluso tem também direito à vida e à saúde. Quem ignora isto, então não está em condições de ser comandante ou seja lá o que for. Repare-se quea cela de Monjicual não a única no País com aquelas condições. Convido o Procurador Geral da República, o Ministro do Interior e a Ministra da Justiça, a visitar a cadeia preventiva sita na 5.ª Esquadra da PRM, na Machava- Matola. É lastimável o que vi naquela cela. Ora, já que os nossos governantes, alguns deles, só agem depois de uma catástrofe...então aguardemos!!!
sexta-feira, março 20, 2009
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1 comentário:
Ilídio, frequentas tribunais, esquadras, cadeias, notários, conservatórias etc, por imperativos profissionais. Convirás comigo que as condições em que muitos profissionais ai afectos trabalham são precaríssimas, paupérimas mesmo. O que acontece é que a precaridade numa cela de esquadra e num hospital pode potenciar catástrofes como as de mongicual.
É por isso que, sobre isto, tenho insistido em que temos que combater esta precaridade. Temos que nos bater por melhores serviços públicos, melhores funcionários (a todos os níveis, em todos os sectores), melhores condições etc.
Os sinais desta precaridade perigosa são visíveis em todos os lados desde o manuseio do lixo hospitalar, condições de arquivo de documentos sensíveis nos tribunais, conservatórias, notários etc. Temos que combater isso. As catástrofes não virão só e só com mortes de pessoas (se bem que estas mais graves claro), virão também quando a nossa memória colectiva se apagar...
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