sexta-feira, outubro 30, 2009

Coisas da nossa terra ( 7 )

Na sequência da divulgação, pelos órgãos de comunicação social, dos resultados próvisórios das últimas eleições, que dão larga vantagem a Armando Guebuza e o seu Partido, a Frelimo, Afonso Dlhakama, líder da Renamo disse ontem (29.10.2009) em Nampula, que caso se prove a existência de irregularidades no processo eleitoral, "o País vai arder", "será o fim da democracia em Moçambique". É lamentável este pronunciamento. Nunca olhamos para a nossa própria casa! Os problemas são sempre causados por terceiros. Nunca por nós! Para Dlhakama a Renamo nunca é responsável pelos seus maus resultados. Sempre o "vizinho". Simplesmente lamentável.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Coisas da nossa terra ( 6 )

Samora Moisés Machel, primeiro Presidente de Moçambique, morreu no dia 19 de Outubro de 1986. O País rende hoje homenagem ao nosso grande presidente e aos que com ele pereceram em Mbuzine. No entanto, aquilo que considero verdadeiro insulto à vida e obra de Samora Machel é o lamentável estado em que se encontra a sua estátua, alí no Jardim Tunduro-cidade de Maputo...Estátua completamente suja. E se eu disser que a estátua estava ontem numa pocilga, não sei se alguém é capaz de desmentir. É triste!! Mesmo assim, papá Samora, descanse em paz! E obrigado pelo trabalho que desenvolveu em prol do seu povo, ´"é ou não é?"

domingo, outubro 18, 2009

Coisas da nossa terra ( 5 )

A política está mesmo quente aqui na nossa terra. Yá-qub Sibindy, presidente do PIMO, Partido Independente de Mocambique, excluído da corrida eleitoral, diz que apoia a FRELIMO, segundo o semanário Savana edicão de 16.10.2009, porque o seu manifesto eleitoral coincide com o deste Partido. Ou seja, quer o PIMO quer a FRELIMO, "destacam a Pobreza como inimigo principal da populacão mocambicana." Repare-se que Guebuza destacou o combate à pobreza em 2004. Curiosamente, Sibindy só se apercebeu de tal coincidência após a sua exclusão da corrida eleitoral. É que, de contrário, nem sequer teria submetido a sua candidatura e do seu partido PIMO. Interessante!!

sexta-feira, outubro 16, 2009

Coisas da nossa terra ( 4 )

Lí no diário " o País", edição de ontem, 15.10.2009, que são 22 os Partidos que decidiram apoiar o MDM e o seu candidato D. Simango. Resta-me, em boa verdade e com devido respeito aos Partidos em causa, saber se são realmente 22 Partidos ou apenas 22 pessoas singulares... o mesmo se diga em relação ao PIMO, Partido Ecologista e Partido Trabalhista que decidiram apoiar, "incondicionalmente" a Frelimo e seu candidato.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Coisas da nossa terra ( 3 )

Como é do domínio público, a CNE excluiu um certo número de partidos políticos da corrida eleitoral alegadamente por incumprimento da legislação eleitoral. De seguida ouvimos lamentações desses mesmos partidos. Outro (s) até avançaram com queixa crime contra a CNE, segundo a imprensa. Depois das lamentações, uma parte de partidos excluídos decidiu apoiar a FRELIMO e o seu candidato, A. Guebuza, são os casos de Partido Trabalhista, Partido Egologista e o PIMO. Outra parte de partidos excluídos, 17 partidos, decidiu apoiar o MDM e o seu candidato D. Simango. Mazanga, porta voz da Renamo, manifestou, em conferência de imprensa o seu total repúdio, considerando que os partidos excluídos, sobretudo os que decidiram apoiar a FRELIMO e A. Guebuza, estavam a aniquilar a "democracia multipartidária". É interessante ver como as coisas acontecem na nossa terra. Será que os partidos que decidem apoiar a Frelimo e o seu candidato, porque, segundo eles, é o partido que tem o melhor programa podem ser considerados partidos da oposição? Como é que o seu apoio a Frelimo pode ser interpretado? Ou estamos perante um manifesto fracasso desses partidos na arena política da nossa terra? E caso isto vire moda, que cenário se espera no futuro? E em relação aos excluídos que decidem apoiar o MDM? o que se pode dizer?

quarta-feira, outubro 14, 2009

Coisas da nossa terra ( 2 )

Depois do episódio que contei em "Coisas da nossa terra (1)", dois dias depois, isto é 13.10.2009, 22 horas, em plena Av 24 de Julho, próximo ao edifício onde funciona a Assembleia da República, um camião de recolha de lixo, ao que me pareceu, pertencente ao Município de Maputo, circulava sem dispositivos de iluminação. Pena que a dica do meu caro amigo Alberto Nkutumula ( chamar o 112) tenha surgido relativamente tarde. Mas é o caminho adequado para se combater esta indisciplina, quer dos agentes da PRM quer dos motoristas dos camiões de recolha de lixo, no Município de Maputo.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Coisas da nossa terra ( 1 )

Ontem, 11.10.2009, na Av. Marginal, na cidade de Maputo, cerca da 20h, ou melhor, poucos minutos após o fim da partida de futebol entre Nigéria e a selecção nacional, um veículo "pertencente"a Polícia da República de Moçambique (PRM) que transportava agentes da lei e ordem, ao que me pareceu, em mais uma missão de patrulhamento, circulava com os despositivos de iluminação completamente "desligados", violando de forma particularmente grave o Código de Estrada. Como cidadão com privilégio de conhecer algumas regras, tive vontade de "ordenar" que o condutor do referido veículo, que é também agente da polícia, interrompesse a marcha e que "imediatamente" regularizasse a situação.( risos) Na verdade, não o fiz por aquilo que todosnós sabemos... Não me admiraria se um deles decidisse disparar... para no dia seguinte, o porta voz da PRM informar ao público que a Polícia é que me estava a perseguir alegadamente porque acabava de cometer um "desmando"...É, em boa verdade, grave que a polícia não cumpra as disposições básicas do Código de Estrada, no caso vertente, as disposições relativas ao uso obrigatório dos dispositivos de iluminação. E a situação aqui descrita acontece um pouco por todo o País, de forma recorrente. E pergunto: e se a polícia interpelasse um condutor na mesma situação, que medidas tomaria?